Nós somos o que comemos, já diz o velho ditado, actualmente, um novo estudo conduzido por investigadores da UC Santa Barbara e University of Pittsburgh , sugere que o ditado não se aplica somente à saúde física, mas também à saúde intelectual.
Num artigo publicado na Prostaglandins, Leukotrienes and Essential Fatty Acids journal, foram comparados os perfis dos ácidos gordos do leite materno de mulheres de mais de 24 países assim como o desempenho dos seus filhos em exames académicos.
O resultado da pesquisa mostra que, a quantidade de ómega-3(DHA,gordura normalmente encontrada em alguns peixes, frutos secos e semente) no leite materno, é um forte preditor de sucesso no teste.
Por outro lado, a quantidade de ómega-6(gordura encontrada no óleos vegetais como o de milho e de soja), prediz resultados mais baixo nos testes.
Quando a quantidade de DHA (ómega-3) e ácido linoleico (LA), o mais comum ácido gordo do tipo ómega-6, foram considerados em conjunto, explicaram quase metade das diferenças nos resultados dos testes. Nos países onde as dietas da mãe contêm mais ómega-6, os efeitos benéficos do DHA parecem ser reduzidos.
O cérebro humano necessita diariamente de ácidos gordos do tipo ómega-3, especialmente o DHA, no entanto, e a busca do equilíbrio entre os ácidos gordos ómega-3 e ómega-6 não é recente, o ideal seria haver uma proporção de 1:3 a 1:5 entre estes dois ácidos gordos. O que não acontece nos padrões alimentares actuais, que são de 1:10 a 1:20.
O esquema abaixo mostra como um rácio de ómega-6 superior ao ómega-3 é responsável por criar um ambiente pró-inflamatório no nosso organismo.
Referência:
- W.D. Lassek, S.J.C. Gaulin. Linoleic and docosahexaenoic acids in human milk have opposite relationships with cognitive test performance in a sample of 28 countries. Prostaglandins, Leukotrienes and Essential Fatty Acids (PLEFA), 2014; DOI: 10.1016/j.plefa.2014.07.017